O amor de forma passional, com encontros, desencontros, desilusões retratados pela poetisa portuguesa: Florbela Espanca 8-12-1894, Vila V...
O amor de forma passional, com encontros, desencontros, desilusões retratados pela poetisa portuguesa:
Florbela Espanca
8-12-1894, Vila Viçosa
8-12-1930, Matosinhos
8-12-1894, Vila Viçosa
8-12-1930, Matosinhos
Estudou em Évora, onde concluiu o curso secundário em 1917. Fracassado o primeiro casamento, foi para Lisboa (1919), onde freqüentou a Faculdade de Direito. Estreou com o Livro das Mágoas (1919). Colaborou esporadicamente na Seara Nova. Pouco antes de morrer casou pela terceira vez. Publicou ainda Soror Saudade (1923) e Charneca em Flor (1930). Após sua morte apareceram poemas, contos (As Máscaras do Destino, 1931) e cartas nas quais esclarece o porquê de suas mágoas, causadas pela doença, pela morte do irmão num acidente de aviação e por dois casamentos frustrados. Buscou sua inspiração nas mágoas, nas desilusões, na morte desejada e no sonho de uma felicidade incorruptível. Destacou-se pela perfeição do soneto.
Poema: Amar, na voz de Miguel Falabela .
Amar!
Eu quero amar, amar perdidamente!Amar só por amar: aqui…além…
Mais este e aquele, o outro e toda a gente….
Amar!Amar! E não amar ninguém!
Recordar? Esquecer? Indiferente!…
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Há uma primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar.
E se um dia hei de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder… pra me encontrar…