Li ontem este livro e estou indicando-o: O pai que era mãe , de Ruy Castro, Companhia das Letras - 2001. O que acontece quando um pai desca...
Li ontem este livro e estou indicando-o: O pai que era mãe, de Ruy Castro, Companhia das Letras - 2001.
O que acontece quando um pai descasado e namorador vai morar com suas filhas adolescentes, além de cinco gatos, um rato, um cágado e um sapo? Com os bichos, tudo bem (isto é, mais ou menos). Mas, se as meninas forem modernas e implacáveis como Patrícia e Beatriz, esse pai vai ter de aprender uma coisa ou outra. (E suas namoradas vão pensar duas vezes antes de se apaixonar por ele.) O pai que era mãe é uma pequena comédia de costumes. De costumes bem liberais. Numa época em que os jovens vivem a vida dos adultos e estes querem viver a vida dos jovens, os papéis tendem a se confundir. Na família que protagoniza esta história, às vezes os adultos de verdade são as filhas - e o pai, que queria acumular o papel de pai e mãe na criação das meninas, vai ter de descobrir, meio na marra, que história é essa de ter quarenta e poucos anos e se achar um garotão. Lançada em 1987 pela Brasiliense, esta narrativa divertidíssima de Ruy Castro é apresentada aqui em versão radicalmente reescrita e ampliada.
O autor
Com passagem por importantes veículos da imprensa do Rio e de São Paulo a partir de 1967, e escritor, a partir de 1988. É reconhecido pela produção de biografias como "O Anjo Pornográfico" (a vida de Nelson Rodrigues), "Estrela Solitária" (sobre Garrincha) e "Carmen" (sobre Carmen Miranda), e de livros de reconstituição histórica, como "Chega de Saudade" (sobre a Bossa nova) e "Ela é Carioca" (sobre o bairro de Ipanema, no Rio).
Parte de sua produção jornalística foi reunida em livros como "Um Filme é para Sempre" (sobre cinema), "Tempestade de Ritmos" (sobre música popular) e "O Leitor Apaixonado" (sobre literatura). Escreveu também um ensaio sobre o Rio, "Carnaval no Fogo -- Crônica de uma Cidade Excitante Demais".
Seus livros têm edições nos Estados Unidos, Japão, Inglaterra, Alemanha, Portugal, Espanha, Itália, Polônia, Rússia e Turquia. Em ficção, é autor do romance "Era no Tempo do Rei", das novelas "Bilac Vê Estrelas" e "O Pai Que Era Mãe", e de condensações de clássicos como "Frankenstein", de Mary Shelley, e "Alice no País das Maravilhas", de Lewis Carroll.
A seu respeito foi publicado o livro "Álbum de Retratos -- Ruy Castro", uma minifotobiografia, pela editora Folha Seca. Vencedor do Prêmio Esso de Literatura, do Prêmio Nestlé de Literatura Brasileira e de quatro Jabutis.